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AS CONVENÇÕES FUNDAMENTAIS SOBRE SST | EDIÇÃO EM PORTUGUÊS (BRASIL)

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Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito

Caros leitores,

Hoje 17/novembro/24 é o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito. Sem dúvida, um dia para refletirmos sobre o nosso comportamento como motoristas e, principalmente, praticarmos a direção defensiva.

Durante os próximos meses, o É Com Você trará dados e informações para VOCÊ refletir e debater com seus familiares e amigos.

Em setembro de 2020, a Assembleia Geral da ONU adotou a resolução A/RES/74/299 “Melhorar a segurança rodoviária global“, proclamando a Década de Ação para a Segurança Rodoviária 2021-2030, com a ambiciosa meta de prevenir pelo menos 50% das mortes no trânsito e lesões até 2030. A OMS e as comissões regionais da ONU, em cooperação com outros parceiros da Colaboração de Segurança Rodoviária da ONU, desenvolveram um Plano Global para a Década de Ação, que foi lançado em outubro de 2021.

O infográfico abaixo representa uma síntese do Plano Global:

Um dos requisitos para implementação (como fazer?) é a Gestão da Velocidade.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a Velocidade é um dos Fatores de Risco. Um aumento na velocidade média está diretamente relacionado tanto à probabilidade de ocorrência de um acidente quanto à gravidade das suas consequências. Cada aumento de 1% na velocidade média produz, por exemplo, um aumento de 4% no risco de acidente fatal e um aumento de 3% no risco de acidente grave. O risco de morte para pedestres atingidos frontalmente por automóveis aumenta consideravelmente (4,5 vezes de 50 km/h para 65 km/h). No choque entre carros, o risco de morte para seus ocupantes é de 85% a 65 km/h. (Segurança no trânsito – OPAS/OMS | Organização Pan-Americana da Saúde)

Conforme o Plano Global:

Gerenciar a velocidade é fundamental para a implementação eficaz da abordagem do Sistema Seguro. É um fator de risco transversal e, é abordado por meio de ações relacionadas a diferentes elementos do Sistema Seguro, como transporte multimodal e ordenamento do território, infraestrutura, projeto de veículos e comportamento do usuário da via. O gerenciamento adequado da velocidade não apenas afeta diretamente a probabilidade e a gravidade do acidente, mas também afeta a eficácia de outras intervenções de segurança. Por exemplo, os veículos que atendem aos regulamentos de veículos da ONU ou padrões nacionais equivalentes são projetados para limitar as forças de colisão em ocupantes e pedestres a níveis de sobrevivência em impactos laterais até velocidades de colisão de 50 km/h. Portanto, um Sistema Seguro limitaria as velocidades a 50 km/h ou, menos em estradas com cruzamentos onde podem ser esperados impactos laterais.

Em áreas urbanas densamente povoadas, há fortes evidências de que mesmo as melhores características de projeto de estradas e veículos são incapazes de garantir adequadamente a segurança de todos os usuários da estrada, quando as velocidades estão acima do nível seguro conhecido de 30 km/h. Por esta razão, em áreas urbanas onde há uma mistura típica e previsível de usuários da estrada (carros, ciclistas, motociclistas e pedestres), um limite máximo de velocidade de 30 km/h (20 mph) deve ser estabelecido, a menos que existam fortes evidências para suportar limites mais altos.

As intervenções de gerenciamento de velocidade são possíveis em uma variedade de áreas de segurança viária, incluindo projeto e engenharia de estradas (por exemplo, empregando lombadas ou almofadas de velocidade, travessias de plataforma elevada, rotatórias, chicanes, bem como limites de velocidade seguros); Intervenções no veículo (limitação de velocidade, Intelligent Speed Assistance ou ISA); E, mudança de comportamento (legislação, aplicação e promoção para proporcionar uma dissuasão geral efetiva do excesso de velocidade). A integração efetiva desses esforços muitas vezes fragmentados (e nos contextos em que serão mais eficazes), melhorará o gerenciamento de velocidade e fornecerá resultados mais poderosos e totalmente eficazes. Por exemplo, as medidas de engenharia rodoviária são mais adequadas para contextos de velocidade mais baixa do que para contextos de alta velocidade; Intervenções em veículos podem levar tempo para se tornarem rentáveis, especialmente em países que importam principalmente veículos usados; E a fiscalização, incluindo a fiscalização automatizada, é mais eficaz em países com pouca corrupção e sistemas judiciais e administrativos eficazes.

Ao encontro da proposta, o gráfico abaixo mostra a quantidade de multas aplicadas pela Polícia Militar Rodoviária do Estado de São Paulo, com base no Art. 218 incisos I, II e III, da Lei 9.503 (23/09/97) Código de Trânsito Brasileiro que trata do excesso de velocidade

Podemos observar que até junho deste ano, foram aplicadas 34.256 multas a mais que em 2021.

Multa por excesso de velocidade está diretamente relacionada com o comportamento do condutor.

Nossa Meta é reduzir em 50% as mortes no trânsito.

Respeitar os limites de velocidade é fundamental na busca pela meta estabelecida!

Agora É Com Você!

Abraços.

Eng. Ricardo Ribeiro

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